sábado, 9 de outubro de 2010

32 - Light Me Up - The Pretty Reckless


Há quem diga que eu sou meio "machista" musicalmente falando. Porque nunca comento sobre bandas de vocais femininos ou sobre vocalistas mulheres com potencial.
Pra ser honesto, tirando a leva das postagens de Março em que falei sobre Sophie Madeleine, KT Tunstall (que superou minhas expectativas recentes com o Tiger Suit), Juliette Lewis e Dead Weather (com os vocais destruidores de Alison Mosshart) eu acabei nunca mais comentando albuns de vozes femininas.
Não que não curta mulheres cantando; mas são realmente poucas as vocalistas que me impressionam. Não é só uma questão de timbre nem nada... mas é o conjunto da obra: letras, presença, interação com a banda e com o público, etc... E um pouco de frescura, claro.

Eu estava pensando há algum tempo em outra moça respeitável para falar aqui e entre as candidatas estão (sim, ainda pretendo falar delas) Duffy, Reeta Leena (da Husky Rescue) e Norah Jones. Mas inusitadamente outra entrou na jogada. O pior é que ela jogou sujo, porque não é o tipo de música (se bem que eu escuto quase de tudo, mas enfim...) ao que estou acostumado a escutar. Uma amiga minha me passou dois vídeos, sendo que o que me ganhou foi esse:



Honestamente nunca tinha nem ouvido falar da moça nem da banda. Mas talvez pelo fato de eu não estar acostumado com muitas vozes femininas interessantes e curtir esse tipo de mulher (cara de menininha psicopata com cabelo rebelde e voz semi rouca) eu fiquei ligadão na "banda", hehehe...
Enfim, a Taylor Momsen faz um papel em um seriado chamado "Gossip Girl" (que eu confesso, nunca vi na vida) e se juntou com Ben Phillips (Guitarra / Backing Vocal), Mark Damone (Baixo) e Jamie Perkins (Bateria) na segunda formação da banda pra formar o The Pretty Reckless. E tenho que dizer que a banda é muito boa.
Começando pelo instrumental. Sem cair na pieguice de fazer coisa fófis só porque tem uma mulher no vocal, o instrumental é puro rock. Não dá pra chamar aquilo de pop nem a pau. E não falo de só um dos músicos; os três cuecas deixam muitos instrumentistas das antigas no chinelo! Mesmo as baladinhas da banda são mais no estilo rock and roll do que "Avril Lavigne" de ser. Show de bola.
E show de bola maior ainda é da Taylor. A moça tem um vocal extremamente massa de ouvir. Não que ela tenha muita potência; nem precisa. A voz dela tem uma personalidade incrível e que condiz exatamente com o tipo de música da banda. Acho que a melhor música pra exemplificar isso tudo é logo de cara a que abre o disco.

"My Medicine" abre o disco bem do jeito que eu gosto: com uma introdução que leva à música de uma maneira progressivamente pesada. Começa ali, com a Taylor acendendo um cigarrinho, dando umas baforadinhas e depois com a banda inteira naquela levada que, apesar de simples, é extremamente boa. Por sinal, junto com "Factory Girl", lá pelo fim do disco, "My Medicine" me lembra muito (mas muito mesmo) aquela levada do rock antigão. Aquela coisa de "I Love Rock and Roll" que fez sucesso a cada dez anos com vocalistas diferentes (exceto talvez pela vez em que a Britney Spears lançou sua versão - se é que dá pra chamar um gato fanho cantando de versão, mas é a vida...). Gostei bastante também de "Since You're Gone", apesar da letra no estilo Alanis Morrissete de ser... É na minha opinião uma das mais bacanas do disco todo e vale escutar bastante.
Também bacana e em uma levada fudidamente legal tem "Goin' Down". Aqui um destaque pra voz da menina e pra o Perkins na batera. Sério, o cara destrói naquelas viradinhas. E todo aquele andamento caprichado é por causa da bateria.

Uma coisa que a banda faz direitinho também, como comentei ali por cima, são as baladas. Gosto da maioria delas. Na verdade de todas elas. "You" por exemplo fecha o disco de um jeito legal (ultimamente tem sido raro as as bandas fecharem seus discos com uma baladinha, preferindo músicas de "peso intermediário"). Mas acima de tudo, nenhuma das músicas lentas se parece com alguma outra. Simplesmente detesto quando um guita qualquer metido a fodão aparece com aquela "fórmula secreta" da baladinha perfeita que deixa todas as músicas da banda com cara de serem exatamente a mesma, só que com letra diferente. Aqui isso não acontece. Acho que das lentas a que eu menos curto é "Nothing Left to Lose", porque a letra é uma coisa mais menininha, e talz (mas a melodia é bacana de ouvir).
De longe, minha preferida dessas é "Light Me Up", que além de uma letra boa pra cacete tem um feeling todo especial. De todas as músicas do disco, essa é minha preferida, sem dúvida.

"Tá, e 'Make Me Wanna Die'?"

Tá aqui, ó:



"Mas só isso??? Nem um comentário???"

Bom, eu gosto dela. Não curto muito o clipe (tirando coisas óbvias - porra, eu sou homem, oras! Se bem que a Taylor seduz qualquer cueca com o clipe de "Miss Nothing" - onde a cara de psicopata dela está mais acentuada - ... Rapaaaaaz...) porque me parece clipe de metalzão auhauhauhah
Ficou bem trash, cheio de fogo e clima pseudo sombrio... Achei desnecessário, na verdade. Mas falando da música, acho ela muito boa. E assim como as primeiras que comentei ali por cima, ela é outra que mostra bastante do potencial e desempenho dos membros de toda a banda. "Make Me Wanna Die" tem uma pegada forte, apesar de achar ela meio fora de contexto no meio do disco (algo nela é diferente das outras músicas).
Enfim, eu gosto.

Quando baixei dei um jeito de ouvir o disco todo acabei baixando uma outra versão ultra power com mais 12 músicas que não estão no Light Me Up ("Zombie" inclusive). Gostei bastante daquele disco também e gostei de ver a banda trabalhando, já que é bem recente e tem mais é que ralar mesmo.
Principalmente pelo trabalho de qualidade.

Bem, Gossip Girl está longe de ser algo que eu vá assistir, mas a Pretty Reckless eu faço questão de acompanhar. Dá uma olhada no material dos caras (e da moça também). Vale a pena.
Abraços

9 comentários:

  1. Ótima resenha, só discordo quantos as baladas, acho a melodia e a letra de "Nothing left to lose" muito melhor do que a de "You", mas enfim, gosto é gosto. Esperando anciosamente pelas próximas resenhas de vocais femininos.

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  2. Então, é que acho a letra de "Nothing Left to Lose" uma letra mais "feminina", entende?

    Mas como disse, o disco todo é muito fodão.
    Obrigado pelo comentário!
    Apareça mais vezes =D

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  3. Então, adorei seu blog.

    Confesso que não ouvi mais da metade dos albúns resenhados por você, mas prometo que vou me por a ouvi-los!

    Beijobeijo! =*

    Tati.

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  4. Vale apena procurar por cada um deles; espero que apesar dos estilos variados, você goste de todos.
    Beijo

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  5. Com certeza vale a pena pesquisar cada um! Adoro uma boa música e, consequentemente, blogs como este.
    Nem todas as bandas são o que eu costumo ouvir. Mas é conhecendo estilos diferentes que se descobre o próprio estilo.
    Enfim, já vou pesquisar sobre "The Pretty Reckless" (também nunca ouvi falar antes).

    Beijos

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  6. Acompanho eles há um tempinho e realmente gostei muito do trabalho que mostraram no novo CD. Vou pesquisar também sobre outras bandas que comenta aqui. Até de vocal feminino mesmo, já que apesar de mulher, também sou meio fresca para vocais femininos. (:

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  7. Olá Mari, seja bem vinda ao blog. Penso bastante como você sobre o processo de conhecer muitas bandas pra conhecer o próprio estilo.
    Espero que curta o blog e as próximas postagens (que apesar da demora, estão a caminho).

    Pessoa anônima, você também é muito bem vinda ao blog e vai na minha: essas mulheres todas mencionadas por aqui cantam muito hehehe

    Beijos, abraços e apertos de mão =D

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  8. procurei no google vocal feminino tentando acha alguma coisa legal e acabei parando no seu blog rs , achei incrivel a capa do album The Pretty !

    Bem legal os videos e seus comentários ! parabéns ! beijos

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